quinta-feira, 29 de abril de 2010

"O" dia do CURINGA!!!




















De: Às de Copas
Para: "O" Curinga

"Você já pensou que num baralho existem muitas cartas de copas e de ouros, outras tantas de espadas e de paus, mas que existe apenas UM CURINGA?"


Esse é o ponto de partida da instigante trama do romance "O Dia do Curinga", do escritor norueguês Jostein Gaarder. O mistério do jogo de Paciência e suas cartas são desvendados ai. Conta a história de um garoto chamado Hans-Thomas e seu pai, que cruzam a Europa, da Noruega à Grécia, à procura da mulher que os deixou oito anos atrás. No meio da viagem, um misterioso livrinho com letras microscópicas e uma lupa providencial, que é dada por um anão num posto de gasolina e que permite ler o seu conteúdo, desencadeia uma narrativa paralela, em que mitos gregos, maldições de família, náufragos e uma ilha paradisíaca possuidora de uma inebriante bebida cintilante e habitada por seres fabulosos, em que cartas de baralho ganham vida e o rei é o curinga, transformam a viagem de Hans-Thomas numa autêntica iniciação à busca do conhecimento - ou à filosofia. "O dia do Curinga" é a história de muitas viagens fantásticas que se entrelaçam numa viagem única e ainda mais fantástica.

Em meio a esse emaranhado de aventura, "O dia do Curinga" faz refletir sobre o mundo, sobre a vida e de como não permitir que os seres humanos se tornem acomodados e rotineiros, que não se transformem em seres que não pensam sobre as questões filosóficas do mundo e nem se surpreendem com as situações vividas.

No curioso jogo de paciência do dia do curinga da ilha, muitas "frases" são ditas e, em um primeiro momento, são vistas como desconexas, mas depois, juntando-se todas e "arrumando-as" em seus devidos lugares, vão fomando uma história que faz todo o sentido, da mesma forma pode ser com a vida, mas ás vezes, o mundo não está maduro suficiente para ouvir a história das cartas da paciência.

Algumas frases do jogo do curinga (ainda desconexas) para refletir:

"Criaturas são belas, mas todas perderam a razão, exceto uma. Só o curinga não se deixa iludir. "

"Sem o soro da mentira, pequeno bobo da corte consegue pensar com clareza."

"O destino é uma cobra faminta que se engole a si mesma."

"O destino é uma couve flor que cresce por igual em todas as direções."

"Gerações se sucedem, mas um bobo da corte, que a engrenagem do tempo é incapaz de engolir, perambula pelo mundo."

"Quem quer entender o destino, tem de sobreviver a ele."



O tempo se encarrega de nos tornar adultos e também de afundar ilhas velhas no mar e transformar velhos templos em ruínas, porém, a única certeza que se tem é “que um curinga continua perambulando pelo mundo”. E “ele se encarregará de não permitir que o mundo se acomode. A qualquer momento, em qualquer parte, pode aparecer um pequeno bobo da corte usando um barrete e uma roupa cheia de guizos tilitantes. Ele nos olhará nos olhos e perguntará: "Quem somos? De onde viemos?”. Assim como fazia na ilha e devemos fazer em nossas vidas.

"HÁ SEMPRE UM CURINGA QUE NÃO SE DEIXA ILUDIR"





Em 30 de Abril de 2010, "o" dia do curinga
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